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CBMEDE 2024: diretores da ABRAMEDE reforçam necessidade de reconhecimento da Medicina de Emergência
27/09/2024

“Hoje, somos cerca de mil médicos emergencistas no Brasil. Precisamos formar mais profissionais capacitados e, ao mesmo tempo, mostrar aos gestores de saúde a importância de contar com um especialista qualificado em suas equipes”. A afirmação é do 1º secretário da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), dr. Ian Ward Abdalla Maia, que destacou os desafios da formação e valorização do emergencista durante as programações do IX Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência (CBMEDE 2024).

Segundo o médico, é fundamental que os hospitais reconheçam o valor desse especialista, que possui treinamento específico para lidar com situações de alta complexidade e urgência. “Nosso objetivo é disseminar esse conhecimento, interiorizar a especialidade e conquistar espaços para os emergencistas em todo o País”, ressaltou.

Por essa razão, explicou dr. Ian Ward, o evento em Campo Grande (MS) reuniu profissionais de todo o País para debater os avanços e desafios da área. "O congresso é um marco importante para o networking entre emergencistas e uma oportunidade única de troca de conhecimento", comentou. Segundo ele, eventos como esse são fundamentais para fortalecer a especialidade e aumentar sua visibilidade, especialmente fora dos grandes centros urbanos.

Especialidade em expansão – Já o 1º tesoureiro da entidade, dr. Vitor Benincá, frisou que a valorização dos profissionais passa também pela luta por melhores condições de trabalho e reconhecimento público. “Por ser uma especialidade nova, muitas vezes, ainda precisamos explicar nosso papel, tanto para os colegas da área médica quanto para a sociedade. O emergencista não é apenas um médico de pronto-socorro, ele é um especialista com conhecimento técnico aprofundado”, comentou.

Segundo explicou o especialista, a medicina de emergência começou nos grandes centros, mas agora é preciso oferecer aos médicos do interior o acesso a essa formação de excelência, para que possam atuar de forma qualificada em suas regiões. “Essa regionalização é um passo importante para a expansão da especialidade em todo o território nacional. Nossa meta é abrir novas regionais da associação em diversos estados, levando conhecimento e suporte para os emergencistas que atuam em áreas mais distantes”, reforçou dr. Benincá.