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ABRAMEDE apresenta estudo sobre violência nas emergências ao CFM e discute formação médica com o Ministério da Saúde
18/07/2025

A Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) se reuniu nesta quinta-feira (17/07), em Brasília, com diretores do Conselho Federal de Medicina (CFM) e com o Ministério da Saúde (MS) para discutir pautas estratégicas para o fortalecimento da Medicina de Emergência no Brasil. Em destaque, foi apresentada ao CFM a pesquisa Brazilian Workplace Violence in Emergency Department (BRAVE), que revela dados alarmantes sobre a violência vivenciada por profissionais da área.

A apresentação do BRAVE foi realizada pela presidente da Abramede, dra. Camila Lunardi, e pelo 1º secretário, dr. Ian Ward Abdalla Maia, em encontro com o 1º vice-presidente do CFM, dr. Emmanuel Fortes, e o 2º secretário, dr. Estevam Rivello. Além do enfrentamento à violência nas emergências, o grupo discutiu a importância de avanços na legislação específica para a prática da Medicina de Emergência.

O estudo BRAVE foi conduzido com 769 profissionais de saúde de diferentes regiões do País,  a maioria médicos (84%), e revelou que quase 80% dos entrevistados já sofreram algum tipo de violência nos últimos seis meses. A maior parte dos casos envolve agressões verbais (79,5%), mas 12,1% relataram ter sido vítimas de violência física. Além disso, 40,3% afirmaram ter presenciado episódios de violência contra colegas durante o plantão. Os agressores incluem visitantes, pacientes e até outros profissionais de saúde.

FORMAÇÃO MÉDICA – Ainda nesta quinta-feira, a Abramede esteve reunida com representantes do Ministério da Saúde para tratar da qualificação dos profissionais que atuam nos pronto-socorros e da expansão da residência médica em Medicina de Emergência.

A primeira reunião foi com o coordenador de Urgências da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Felipe Reque, e teve como foco a educação continuada para médicos não emergencistas que atuam na linha de frente. Em seguida, com o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Felipe Proenço, discutiu-se o fortalecimento da formação na especialidade e estratégias para ampliar as vagas de residência médica em emergência.

“Foram reuniões muito produtivas. Tivemos a oportunidade de expor os desafios enfrentados pela Medicina de Emergência e também nos colocamos, como instituição, à disposição para contribuir com políticas públicas para que possamos avançar no cuidado com o paciente”, avaliou a presidente da Abramede, dra. Camila Lunardi.